Rio, Cidade mais Cara da América

Há três anos, quando decidimos viver na cidade maravilhosa, não esperávamos que o custo de vida chegasse aos atuais niveis absurdos.
Um dia após o anúncio das olimpiadas, a proprietária do apartamento que alugo anunciou um reajuste absurdo, de quase R$800,00. Como aqui na zona sul (Copacabana, Ipanema e Leblon) a maioria dos aluguéis são feitos por temporada, me restou esperar o final do contrato e procurar algo mais em conta. Ocorre que a loucura havia sido geral e todos haviam reajustado absurdamente seus preços. Como se não bastasse, quase tudo teve seus preços reajustados, desde um simples pãozinho até uma passagem de metrô ou ônibus, sem falar nos preços básicos para se visitar algum monumento ou simplesmente ir ao cinema. No setor imobiliário, os imóveis desbancaram os preços de Paris e Nova York, comparando-se um imóvel na praia do Arpoador, - com direito a assaltante e vendedor de milho - a um imóvel em Mônaco, com direito a ver uma rainha ou princesa em algum reduto daquela nobre cidade.
Agora, com a propaganda governamental martelando a todo o momento o assunto olimpiadas e copa do mundo, todos parecem aceitar a justificativa da alta no custo de vida.
Para nós, olimpiadas e copa do mundo so fizeram foi aumentar absurdamente o custo de vida. Nenhum investimento perceptível que justifique pagar tais preços. Como escutei de um cliente outro dia, "o Rio é para quem pode pagar", como quem dizia, se puder pagar fique, senão volte.
E paga-se caro. Paga-se caro pelo péssimo transporte, por uma linha de metrô lotada de pessoas sem nenhuma educação, por vendedores ambulantes gritando em teus ouvidos pela rua, pelo comportamento invasivo do carioca, que não sabe respeitar o espaço do outro, paga-se pela falta de educação dos motoristas que não conhecem faixa de pedestres, paga-se pelo péssimo serviço de saúde, ainda que em hospitais particulares, paga-se caro também pelo atendimento de quinta categoria no comércio em geral, onde os atendentes fingem que não te veem e dificilmente olham você nos olhos.
Saudades de Santiago...

Logo que cheguei no Rio, há quase três anos, me chamou a atenção o fato de alguns bueiros terem pegado fogo e causado pânico em Copacabana. Na ocasião diversas esquinas estavam em chamas. Há aproximadamente 10 meses um bueiro na esquina da rua Paula Freitas com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana também explodiu, queimando dois turistas americanos que tiveram a infelicidade de passar por aquele local, naquele momento. Ontem foi a vez de um grande bueiro explodir, localizado na esquina da rua Bolivar com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana. No momento da explosão, um táxi estava sobre a tampa. Ambos voaram. A tampa atingiu em cheio outro táxi que passava pelo local, esmagando parte da capota, milagrosamente poupando o sortudo do motorista. Se o taxi estivesse transportando passageiros, teria sido uma tragédia. Várias pessoas ficaram feridas. A insegurança na Cidade Maravilhosa não se limita aos crimes... Bueiros explodem. O prefeito pede uma auditoria externa da Light. O que não pode é continuar o descaso com transformadores velhos com prazo de validade vencido que explodem e matam pessoas. Fotos do local momentos após a explosão podem ser vistas neste site http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/fotos/2011/04/bueiro-explode-e-deixa-feridos-em-copacabana. cuja manchete no momento que escrevo este post é "Presidente da Light admite que pode haver novas explosões em bueiros". Simplesmente o Rio!

Entre uma conversa e outra, mais um que morre

13 anos. Era a idade do menino que morreu hoje enquanto assistia a uma aula de matemática em um Ciep no subúrbio do Rio. O povinho daqui está acostumado a isso. Um morre porque levantou uma furadeira e pensaram que era metralhadora. Em 2008 foi o menino de 3 anos, baleado na Tijuca quando PMs metralharam o carro de sua mãe por engano, pensando se tratar de carros de marginais, ainda que a mãe, desesperada implorasse para que não atirassem.
Para quem vive aqui é normal ouvir rajadas de metralhadora durante a madrugada e simplesmente virar para o lado e continuar a dormir, sem parar para pensar que aquelas balas acertaram alguém. É comum... Tudo muito comum... Falta senso de valor e sobra competitividade. Uma sociedade ainda em estágio inicial de evolução dotada de um elemento humano muito pobre e primitivo. Entre uma risada e outra, mais um tiro, mais um morto... E mais risadas... É o Rio... Simplesmente o Rio.

Ontem, após dois anos e meio no Rio, a minha reclinada me deixou.
Um vagabundo típico se apossou da mesma e fugiu pela rua Vinícius de Moraes em Ipanema, em direção à Lagoa. O que se passou depois, já com quem deveria ajudar, terei que omitir, pois foi algo da dar ansia de vômito em qualquer cidadão com um mínimo de decência.

Estou começando a pegar nojo desta cidade fisicamente linda , porém com um material humano pobre, onde vigora a lei de gersom. Aqui existe um pseudo patriotismo onde as pessoas não estão nem aí, sujam as ruas, não respeitam as leis de trânsito, quase te atropelam na faixa de segurança, mas certamente, serão os primeiros a me crucificar em face destas palavras que aqui escrevo. Esta é minha última postagem neste blog. Chega de edificar uma cidade que não merece.

Fim do Blog...Mudança de Formato? Talvez...

I've seen things you people wouldn't believe.
Attack ships on fire off the shoulder of Orion.
I watched C-beams glitter in the dark near the Tannhauser gate.
All those moments will be lost in time, like tears in rain.
Time to die.




Tenho visto coisas nas quais vocês nunca acreditariam.

Naves de ataque em chamas perto das bordas de Orion.

Vi raios C brilharem no escuro do Portal de Tannhauser.

Todos esses momentos se perderão no tempo

Como lágrimas...

Na chuva.

Time to die...

Antes e Depois da Ressaca

Comparando estas duas fotos podemos ver o quanto de areia o mar levou embora.

Arpoador Hoje

Onde Está a Praia?

O mar levou quase toda a areia da praia do Arpoador. Observe dentro do quadrado vermelho a altura do final da rampa de acesso dos banhistas à praia. Apareceram até as pedras de contenção... Dizem que o mar leva a areia até a outra ponta, no Leblom e, no final da estação traz toda ela de volta.

Sejamos nórdicos um pouco

Ressaca No Arpoador Hoje

I love the sound of Wagner in the morning. It sounds like...victory!

Ressaca

Mais um em 3D: Rio

O novo filme de Carlos Saldanha, diretor a Era do Gelo, promete! Vai falar sobre duas ararinhas azuis vivendo aventuras no Rio!
Confira o trailler!

Alice no País das Maravilhas... em 3D!

Lembro-me de quando eu era pequeno, que cada vez que meu tio chegava de uma viagem aos Estados Unido nossa família se reunia em sua casa para ouvir as peripécias e saborear um gostoso churrasco. Me recordo que ele um dia disse que sempre que passava pelos EUA fazia questão de visitar a Disney e uma história que sempre se repetia era a de um tal trem que entrava em uma mina de ouro e, lá pelas tantas, em um determinado momento, quando ele menos esperava tinha um fantasma ao lado dele, o carrinho quase caia de um precipício e por aí ia aquela aventura que enchia nossa imaginação.

Hoje, passados mais de 30 anos, os filmes em 3D me fazem lembrar das histórias do Titô e o clássico "Alice no País das Maravilhas", filmado por Tim Burton está perfeito!

Filmado para ser visto em três dimensões, é um assassinato à obra submeter-se à uma sessão normal. Os filmes em 3D estão para os tradicionais 2D assim como os filmes coloridos estavam para os filmes preto e branco, ou ainda como os filmes sonoros estavam para os filmes mudos. Experimente tirar o som de um filme qualquer ou ainda tirar a cor de Titanic e você entenderá o que estou querendo dizer.

E Johnny Deep desempenha melhor do que ninguém um papel que só poderia ser para ele mesmo.

Fantástico! Esse filme eu quero ver... de novo!

Vôo ao Passado

São 08h, o aeroporto é o Santos Dumont. Estou embarcando para Porto Alegre, voando Azul, pois logo tenho que estar em Santa Maria, à convite de um amigo.
São 15h. Estamos em Santa Maria e nem minha família sabe que estou aqui.
Aceitei o convite de meu amigo Larry para pilotar o seu mais novo Cirrus SR22, um sonho de consumo dos mais aficcionados em aviação.
São 15:45. Decolo da pista 29 e início uma subida rápida até 1500 pés. Uma curva à esquerda e outra à direita e em seguida estou sobrevoando a cidade já nivelado. Tomo o rumo de São Pedro, compenso a aeronave, que voa lisa como o sonho de qualquer piloto.
Uns poucos minutos e já estou quase em São Pedro do Sul. Tento visualisar a chácara do meu amigo Nédio, mas não me lembro mais da localização. Vejo uma pista do que parece ser de corrida de motos, e acho que a pista do Nédio ficava por aqui.
Passo na vertical de São Pedro e aponto para o Cerro do Bugio que desponta à minha frente trazendo belas lembranças. Foi lá que um dia sonhei ter minha casa, com uma pista ao lado, e todo o sossego do mundo... Chego pela frente e vejo que a estrada continua a mesma. Foi nela que o Lucas aprendeu a dirigir. Parece até que vejo a brasília verde encostada na sombra das árvores e a Cláudia esperando, paciente, que eu terminasse minhas aulas de asa delta,junto com o Lucas ainda pequeno que carregava um toby novinho através da cerca de arame.
O aviãozinho é muito rápido, circulo pela direita e giro em seguida pela esquerda para passar novamente pela frente do morrinho mágico onde eu passava meus finais de semana. Desta vez baixo todo o flape e reduzo o motor o suficiente para manter a sustentação. Sigo em frente até a casa demolida onde colhiamos laranjas para fazer suco quando chegássemos. Tão perto e tão longe...
Inicio uma subida e coloco o Cirrus sobre a estrada e vou voando sobre ela até perto de Santa Maria, quando então faço uma curva à esquerda e passo bem na frente do morro da antena. Vejo um paraglider se preparando para decolar, lembro de nosso primeiro festivalzinho quando eu trouxe uns pilotos de Sapiranga para demonstrar o vôo... e tomo o rumo de Itaára.
Agora sim, depois de seguir voando sobre a estrada até Val de Serra, localizo o barranquinho onde eu dava minhas aulas e regulava minha asa. Reduzo o motor e deixo a aeronave descer até uns 100 metros acima do chão. Vejo o campo deserto. Não... Faço um esforço e vejo o Lucas correndo com o Toby já adulto e o Bernardo novinho correndo atrás. Aponto para o mato logo abaixo e vejo nossas barracas montadas no nosso acampamento. O Zabiela fazendo fogo e o Daniel tomando banho no córrego. Mais na frente o Roque e o Tiago desmontavam uma asa. O Lucas, pequenino, caminhando pelo campo ao meu lado.
Inicio uma subida e giro em direção ao aeroporto.
Pouso autorizado, o aviãozinho entra rápido na pista surrada pelos aviões de caça da base, mostrando que não é somente um avião. É uma verdadeira máquina do tempo, pelo menos para mim. O Larry vira para mim e pergunta -Did you enjoy? Eu respondo com um sorriso silencioso, segurando a emoção.
São 21h e eu termino de escrever isso em meu note, à uns 10.000 metros, dentro de um Boeing 737-800 da Gol, enquanto retorno ao Rio.

Algumas fotos dos últimos finais de semana

A Mensagem do Aviãozinho rsrsrsrsrs!!

Red Bull Air Race no Rio!

07 de maio, 13h!

Hoje os pilotos passaram a tarde treinando o percurso.

A surpresa ficou por conta do piloto brasileiro Adilson Kindleman que brilhou com seu MXS-R.

06 de maio, 13:40!

O ronco dos motores já é ouvido aqui no centro.

Os pilotos estão voando sobre o Aterro do Flamengo, local da competição, e algumas vezes sobrevoam a Cinelândia. Está me tirando a concentração! Gostaria de estar lá assistindo as manobras.

04 de maio!

Aconteceu agora a pouco no Shopping Rio Sul a abertura oficial da Red Bull Air Race no Rio de Janeiro, com a presença de alguns pilotos, entre eles Adilson Kindlemann, primeiro brasileiro a participar dos eventos, e Peter Besenyei, esse aí da foto ao lado comigo, piloto veterano que é um dos desenvolvedores da Red Bull Air Race.

A ABVL e o Instituto Decolar estiveram representados pelo vice-presidente e presidente, respectivamente, Haroldo de Castro Neves, e por outros associados.

A corrida começa sábado às 10:30 e será transmitida aqui pelo site a partir das 14h enquanto durar a bateria do celular!

Gray Day

Indios em Ipanema, Asa Delta em São Conrado e Final de Tarde no Arpoador: É o Rio!