sábado, 13 de junho de 2009

Pequenos Maiorais















Sentada à porta onde saiam sons que tremiam
Acompanhada de um sonho perfeito
Estava eu parada, ser humano racional
Ser que ao tocar o chão
Destrói a natureza pequena
Vi uma miúda enorme trilha
Pequenos pontos que transitavam à noite
Mas que trabalhavam em paz
De um lado via pessoas desmatando
Ferindo um solo fértil
Despedaçando rosas vermelhas e rosas
E engolindo seus espinhos
Arranhavam o céu com seus pensamentos
Chutavam o vento com rancor
E cuspiam na água que bebiam
Ao mudar meu ângulo
Encontrava miudezas sorrindo
Carregando nas costas folhas vivas
Agindo livremente com felicidade
Mas impulsos vazios me fizeram tocar essa linha
E exterminei uma delas
E tudo se espalhou
E tudo se desorganizou
Nesse pequeno mundo todos se desesperavam
Uns gritavam, outros corriam
Uns choravam e socorriam
E a união se fez presente
A pequena vida que deixou de existir
Foi carregada com lágrimas
Era o fim de sua história
Comportei-me como serra
Que derruba árvores
Que fere seu tronco
Que a faz morrer de tristeza
Meu coração suspirou e chorou
Ah se eu fosse como as pequenas
Teria mais amor em mim
Se eu fosse como elas
Abraçaria toda Amazônia
Pintaria no horizonte pássaros gigantes
Deixava o vento cantar pela eternidade
Inventaria novas cores
E perfume de flores
Faria as ondas do mar dançarem para o mundo
Se eu fosse como elas teria valor maior
O sol me saudaria
São pequenas formigas irracionais
Mas que pensam com o coração
Têm paixão por sua terra
Honram o ambiente que é nosso
E são maiores que a humanidade.

Bianca de Albuquerque




Foi numa dessas voltas pelo bairro que me deparei com esse ser lutando bravamente para carregar esse pesado fardo em suas costas.
Despercebido pela maioria, ele não está nem aí para a possibilidade de ser esmagado por um de nós.
Também foi num final de tarde que li a poesia da Bianca que postei lá no alto. Poesia que fala das formigas e de nós, humanos irracionais.
Enquanto isso, eu continuo minha luta contra um ser infinitamente menor que essa formiga: O Virus da Influenza A... É isso aí... acho que peguei a gripe suína depois que conheci um linda mexicana lá no Emporio... Até lá fico filosofando com meu amigo Diogo Lobo: se eu morrer, virarei espírito de porco?

terça-feira, 9 de junho de 2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Amigos...