sexta-feira, 16 de julho de 2010

Entre uma conversa e outra, mais um que morre

13 anos. Era a idade do menino que morreu hoje enquanto assistia a uma aula de matemática em um Ciep no subúrbio do Rio. O povinho daqui está acostumado a isso. Um morre porque levantou uma furadeira e pensaram que era metralhadora. Em 2008 foi o menino de 3 anos, baleado na Tijuca quando PMs metralharam o carro de sua mãe por engano, pensando se tratar de carros de marginais, ainda que a mãe, desesperada implorasse para que não atirassem.
Para quem vive aqui é normal ouvir rajadas de metralhadora durante a madrugada e simplesmente virar para o lado e continuar a dormir, sem parar para pensar que aquelas balas acertaram alguém. É comum... Tudo muito comum... Falta senso de valor e sobra competitividade. Uma sociedade ainda em estágio inicial de evolução dotada de um elemento humano muito pobre e primitivo. Entre uma risada e outra, mais um tiro, mais um morto... E mais risadas... É o Rio... Simplesmente o Rio.

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