sexta-feira, 1 de maio de 2009

28 Milímetros / Mulher - 28 Millimeters / Women

O projeto MULHER (women) tem por objetivo sublinhar o seu papel central e pôr em valor a sua dignidade fotografando o seu retrato com 20 milímetros, seguidamente colando estes retratos sobre os muros do seu país.
Além disso, expondo estas imagens nas grandes cidades ocidentais como em Bruxelas em Março de 2008 ou em Londres seguido de Paris em 2009, o projeto sensibiliza as populações européias sobre a condição destas mulheres e favorece a conexão, através da arte, de dois mundos afastados.O Quénia, o Sudão, a Serra Leoa, a Libéria - as violências sofridas pelas mulheres durante os conflitos armados africanos são a expressão mais extrema das discriminações das quais são vítimas em tempos de paz. As guerras étnicas na África são a fonte dos piores crimes cometidos contra as mulheres. Ao ir ao encontro dessas mulheres, JR quer testemunhar da sua força, a sua coragem e a sua luta: a viver em primeiro lugar, depois de existir.

No Brasil, o contexto tão específico das favelas do Rio de Janeiro favoreceu o encontro de mulheres para os quais o crime, a perda violenta de um parente, de um filho e a repressão arbitrária faz parte do quotidiano.
Em 2008/2009, JR tem planos para visitar a Índia, o Camboja, o Laos, o Marcs, seguidamente de retornar ao Quénia.
Na ponta da arte contemporânea - Face 2 Face À semelhança do projeto, o objetivo é atingir os limites da arte dentro de um ambiente social e cultural, fechadas para observar a reação da população local . O desafio aqui é avaliar as possibilidades em ambientes diversos. O sucesso de tal ação seria a de oferecer a essas mulheres um estatuto digno da posição que ocupam na sua sociedade. Prova pela ação é preferível.

Na Europa e nos países ocidentais, o formato grande de exposição tem o objetivo de recordar o espírito de aventura artística.
JR
JR é um jovem fotógrafo francês que utiliza os espaços abertos como cenário para suas obras. Ruas, calçadas e fachadas compõem a sua “galleria à céu aberto”. Nelas, o artista cria e modifica o ambiente, invadindo os sentidos dos que circulam pelas cidades.
Ele trabalha com imagens gigantescas cuja base é o element humano. Faces, olhares, sorrisos e expresses são fotografados, ampliados e, posteriormente, colados em diferentes construções urbanas. O resultado é um trabalho intense, provocador, mas belo, sensível e efêmero, sujeito às ações do tempo e do clima.

Suas criações o levaram a viajar pelo mundo inteiro. Em agosto de 2008, ele veio ao Rio de Janeiro e registrou – por meio de imagens e depoimentos gravados – a vidade moradoras do Morro da Providência, na etapa brasileira do projeto Women, iniciado na África. O resultado deste trabalho deu origem à exposição 28 milímetros/ Mulheres.
Unindo o artista e o ativista dentro de si, o JR dá voz à comunidade do morro e constrói uma exposição que retira seus abitantes da invisibilidade, aproximando a favela e o “asfalto”. A exposição 28mm foi escolhida para reinaugurar a Casa França-Brasil, depois de 6 meses de obras estruturais e de restauração, e abrir as comemorações do Ano França no Brasil.
A mostra fala do cotidiano do Morro da Provicência por meio das histórias de algumas moradoras. Seus dramas, alegrias, desejos e sonhos podem ser vistos e “ouvidos” por todos. A exposição ocupa as dependências da Casa e fachadas de outros prédios e espaços públicos do Centro, como Sala Cecília Meireles, os Arcos da Lapa eo Teatro João Caetano.

Maurício Hora
Um personagem da própria favela também apresenta o seu trabalho: é Maurício Hora, fotógrafo autodidata, nascido e criado no Morro da Providência. Maurício já expôs seu trabalho no Centro Cultural José Binifácio, da Prefeitura do Rio de Janeiro, e no FotoRio. Durante o Ano do Brasil na França, ele atuou como director de fotografias do projeto Favelité e levou o cenário da favela para o metro de Paris.
(Por Bianc´Albuquerque)

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